Este é um núcleo que não só congrega um conjunto dos livros mais antigos da Coleção Itaú Cultural, mas também aponta as diferentes perspectivas acerca do conceito de livro de artista. Aqui não se afirma que a história do livro de artista começa com esses livros, até porque essa gênese remontaria às revistas editadas por Angelo Agostini na segunda metade do século XIX e passaria pelas inúmeras colaborações entre artistas, escritores e editoras ao longo das primeiras décadas do século XX, seja na constituição de capas ou mesmo de ilustrações ou ainda da revista como um todo, destacando-se a contribuição de artistas e poetas como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Goeldi e Flávio de Carvalho.

“O início da história” reflete que, desde meados dos anos 1950 no Brasil, os poetas concretos vinham problematizando as noções de livro, palavra e leitor. Este núcleo reúne e homenageia os pioneiros no Brasil dos chamados livros-objetos e sua intersecção direta com a poesia concreta, mas também ressalta a importância histórica dos clubes de gravura do Sul do Brasil e esgarça a ideia sobre o formato do livro de artista, associando-o à literatura de cordel.