Núcleo

Um lance de dados

Neste núcleo, o livro abre-se como um espaço do acaso ou do devaneio. Nada se encontra fechado ou pronto. São livros inacabados porque, como afirma o ensaísta Maurice Blanchot, “o escrever é o interminável, o incessante”. O livro incompleto ou como campo de possibilidades é uma referência direta para a obra ou literatura de invenção, pela sua tarefa infinita ou árdua, pelo seu complexo jogo de variáveis, pelo seu propósito radical e definitivo. 

São livros que também exigem uma participação mais ativa do leitor, seja nas múltiplas composições que as páginas e imagens do livro de Thiago Honório oferecem, seja no exercício de colorir os desenhos de Marilá Dardot, que reportam levantes, insurgências e imagens violentas de diferentes matizes, numa clara ironia a certos blockbusters “literários” – os livros de colorir – que nos acostumamos a ver nos últimos anos.

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