Um lance de dados
Neste núcleo, o livro abre-se como um espaço do acaso ou do devaneio. Nada se encontra fechado ou pronto. São livros inacabados porque, como afirma o ensaísta Maurice Blanchot, “o escrever é o interminável, o incessante”. O livro incompleto ou como campo de possibilidades é uma referência direta para a obra ou literatura de invenção, pela sua tarefa infinita ou árdua, pelo seu complexo jogo de variáveis, pelo seu propósito radical e definitivo.
São livros que também exigem uma participação mais ativa do leitor, seja nas múltiplas composições que as páginas e imagens do livro de Thiago Honório oferecem, seja no exercício de colorir os desenhos de Marilá Dardot, que reportam levantes, insurgências e imagens violentas de diferentes matizes, numa clara ironia a certos blockbusters “literários” – os livros de colorir – que nos acostumamos a ver nos últimos anos.
2010
Marcelo Silveira
2016
Marilá Dardot
2016
Thiago Honório
2002
Nuno Ramos
1982-1998
Artur Barrio