Caixa de retratos (2010) possui uma aparência de puzzle, isto é, imagens em pedaços e embaralhadas que criam uma dúvida sobre o que vemos. O livro de Marcelo Silveira é composto de reproduções de imagens impressas de revistas que foram rasgadas. Essas reproduções, por sua vez, são sobrepostas formando um arquivo disruptivo. As imagens em pedaços criam novos sentidos discursivos para a fotografia. A ideia de retrato como memória e recordação sentimental é desconstruída, ao mesmo tempo que outro sentido é criado. Rasgar é modificar, criar outras dobras e relação com nosso passado e com o que somos.