O conto “Livro de areia”, de Jorge Luis Borges, revela um livro infinito com páginas que nunca se repetem. Partindo dessa ideia e de um fragmento icônico de Heráclito sobre o fato de que nunca se pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, Marilá Dardot concebe seu Livro de areia (1999/2003). Nesta obra, as “páginas” são lâminas de vidro que se convertem não só numa investigação de reconhecimento visual, mas significativamente em uma experiência metafórica que sempre posicionará o leitor no mundo de forma distinta.
Marilá Dardot Magalhães Carneiro (Belo Horizonte MG 1973). Artista visual. Forma-se em comunicação social pela UFMG, Belo Horizonte, em 1996. Cursa artes plásticas na Escola Guignard, Belo Horizonte, de 1997 a 1999. Inicia, em 2001, mestrado em linguagens visuais no programa de pós-graduação da Escola de Belas Artes da UFRJ, Rio de Janeiro.