Devaneios – Utopias (2005) nos é oferecido como matéria, densa e compacta, e justamente por isso se apresenta como obra cara ao tato. Quebra uma expectativa sobre um conceito fechado de livro ou leitura, pois se lança ao sensorial. Ao ser um duplo feito em cerâmica, o livro nunca poderá ser aberto, porque sua verdadeira leitura é a experiência do toque.
Brígida Baltar (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1959). Artista multimídia. Partindo frequentemente de ações da própria artista, captadas em fotografias ou em curtos filmes silenciosos, sua obra tem como base a coleta de elementos naturais e transitórios, mobilizando sensação, memória e afetividade.