Núcleo O início da história

Julio Plaza, Texto de Augusto de Campos

Objetos, 1969

12 lâminas impressas em serigrafia em cores com vincos e dobras
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“A ideia de escrita expandida contida na pesquisa desses poetas ganha uma nova etapa: desdobra-se em novas poéticas e (des)continuidades. O livro faz aparecer sua própria fatalidade, pois interrompe toda linha contínua dos sentidos e torna-se risco.”

Felipe Scovino (curador)

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Objetos, Julio Plaza

A icônica obra Objetos (1969), elaborada por Augusto de Campos e Julio Plaza ainda nos anos 1960, é um dos primeiros livros de artista a pensar o livro como escultura. Mas não apenas isso. Como precursores da poesia concreta no Brasil, ao lado de Décio Pignatari, Ferreira Gullar, Haroldo de Campos e os poetas do Poema Processo, Plaza e Augusto associaram a palavra à tridimensionalidade. Ela finalmente passa a ter volume e densidade. Objetos é um conjunto de esculturas feitas em papel com forte teor construtivo. Com suas estruturas geométricas pintadas com cores primárias, esse conjunto afirma uma nova relação para o livro: saem as palavras e entram o gesto do leitor ao montar essas esculturas e a afirmação do livro como potência espacial.

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“Aproximação bastante concisa entre livro e escultura, pensando uma outra ideia ou articulação para a palavra: a palavra ganhando densidade, volumetria.”

Felipe Scovino (curador)

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