A icônica obra Objetos (1969), elaborada por Augusto de Campos e Julio Plaza ainda nos anos 1960, é um dos primeiros livros de artista a pensar o livro como escultura. Mas não apenas isso. Como precursores da poesia concreta no Brasil, ao lado de Décio Pignatari, Ferreira Gullar, Haroldo de Campos e os poetas do Poema Processo, Plaza e Augusto associaram a palavra à tridimensionalidade. Ela finalmente passa a ter volume e densidade. Objetos é um conjunto de esculturas feitas em papel com forte teor construtivo. Com suas estruturas geométricas pintadas com cores primárias, esse conjunto afirma uma nova relação para o livro: saem as palavras e entram o gesto do leitor ao montar essas esculturas e a afirmação do livro como potência espacial.