Estudo sobre a vontade (1975/2000) se faz como imagem. É o gesto que provoca a idealização de um cubo ou uma forma precária e instantânea, visto que ela só existe naquele estado temporário que acabou sendo eternizado. Obra que revela a fina ironia de Waltercio Caldas, seus jogos visuais que nos fazem duvidar das certezas do mundo.
Waltercio Caldas Júnior (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1946). Escultor, desenhista, artista gráfico, cenógrafo. Destaca-se pela produção eclética e original realizada em suportes distintos (desenhos, gravuras, cenografias, esculturas, figurinos).
Miguel da Silva Paranhos de Rio Branco (Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, 1946). Fotógrafo, diretor de fotografia, pintor. Filho de diplomata, vive a infância e adolescência entre Espanha, Portugal, Brasil, Suíça e Estados Unidos. Pintor autodidata, em 1964 expõe pela primeira vez numa galeria em Berna, Suíça. Em 1966, estuda no New York Institute of Photography [Instituto de Fotografia de Nova York] e, dois anos depois, na Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio de Janeiro. De 1969 a 1981, dirige filmes experimentais e trabalha como diretor de fotografia e cameraman para cineastas como Gilberto Loureiro (1947) e Júlio Bressane (1946). Paralelamente, atua como fotógrafo documental. Entre 1978 a 1982, é correspondente da Agência Magnum, em Paris, e se destaca pelo uso de cores saturadas em seus trabalhos. Nos anos 1980, realiza instalações audiovisuais utilizando fotografia, pintura e cinema e expõe com freqüência no Brasil e no exterior. Recebe diversos prêmios, entre eles Prêmio Kodak da Crítica Fotográfica, em 1982, Bolsa de Artes da Fundação Vitae, em 1994, e Prêmio Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte (Funarte), em 1995. É autor dos livros Dulce Sudor Amargo, 1985, Nakta, 1986, Miguel Rio Branco, 1998, Silent Book, 1998 e Entre Olhos o Deserto, 2001.