Escravos de Jó (2016) parte da desconstrução da narrativa da cantiga infantil que dá título à obra para expor criticamente a história do Brasil, atrelada à constituição de um estado necropolítico: a legitimação de um Estado que passa a ter um compromisso em exterminar, sob as mais diversas formas, aqueles que são mais pobres e vulneráveis. O livro escancara como a cultura e a história oficial do país naturalizaram a violência e, especialmente, como a crueldade com o corpo negro se tornou prática comum e institucionalizada no Brasil.
“Em Escravos de Jó, a artista parte da desconstrução da narrativa da cantiga infantil que dá título à obra, para expor criticamente a história do Brasil atrelada à constituição de um estado necropolítico de uma violência sistêmica. O livro escancara como a cultura e a história oficial do país naturalizaram a violência, especialmente como a crueldade com o corpo negro se tornou prática comum e institucionalizada no país.”
Aline de Souza Motta (Niterói, Rio de Janeiro, 1974). Artista visual, fotógrafa e cineasta. Unindo fotografia, produtos audiovisuais e pesquisa documental sobre suas origens, cria trabalhos que buscam resgatar a ancestralidade negra e africana.