Livro de colorir (2016), é um questionamento irônico sobre um fenômeno editorial em anos recentes: os livros de colorir. Numa mistura de ócio e produção automatizada, esses livros surgiram como passatempo e alienação. Livros que não líamos, mas sobre os quais agíamos mecanicamente. As imagens a ser coloridas no livro de Dardot são virulentas e baseadas em fotografias de fatos do ano de 2015 publicadas em jornais brasileiros. São imagens, por exemplo, de protestos ou mesmo de um corpo em uma mala. Sai a passividade antiestresse e alienante dos livros de colorir e entra uma camada real e pulsante de uma vida atravessada pela crueza do mundo.